quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O SEXTO SENTIDO
O Sexto Sentido (The Sixth Sense, EUA, 1999)
Elenco:
Bruce Willis Haley Joel Osment
Toni Collette Olivia Williams
Donnie Wahlberg Glenn Fitzgerald
Mischa Barton
Direção: M. Night Shyamalan
Produção: Kathleen Kennedy
Frank Marshall
Barry Mendel
Fotografia: Tak Fujimoto
Trilha Sonora: James Newton Howard
Em um clima sombrio e intimista esse filme nos é apresentado como sendo de terror, mas não é. É um drama psicológico. Com uma interpretação opaca o personagem de Bruce Willis consegue, assim mesmo, nos levar a um psicólogo com tons graves nada agudos. Já Cole é um garoto atormentado, amedrontado e ridicularizado. O diretor indiano Shyamalan trabalhou direitinho na melhor cena do filme aonde o menino Cole fica trancafiado em um sótão escuro. O autor Bergman, lembra em vários filmes seus, que a experiência mais traumática que teve quando criança foi quando seus pais o prenderam dentro de um armário para castigá-lo.
A iluminação oferece um belo contraponto. Em todo o filme prevalece o tom escuro favorecendo a atmosfera sombria.
O sonho de Cole é ser uma criança como qualquer outra. Cole não quer mais viver do medo. Quer ser tratado como uma criança normal, mas infelizmente todos o olham de rabo de olho.
Esse filme é interessantíssimo porque trabalha o real e o imaginário no mesmo patamar. Ficando assim aquela expectativa do espectador em saber o que é realidade ou não. A verdade é oculta sim. Para descobri-la, nesse caso, ficamos durante todo o filme com aquela interrogação do que será verdadeiro ou não.
A ambiguidade reina do começo ao fim. Se acreditarmos que existem pessoas que vêem coisas tiraremos um bom proveito do filme. Mas, se não acreditarmos talvez a gente saia do cinema com uma "pulguinha atrás da orelha".
Cole durante todo o filme não deixa de ver espíritos. Isto é, ele não precisa ter medo dos seus medos. Ele precisa saber conviver com esse fato e é isto que ele tenta durante todo o tempo.
Devemos saber conviver com nossos limites. A religião funcionava como um refúgio para Cole, uma fuga que evitava que ele enfrentasse seus problemas. A referência ao catolicismo é clara quando o garoto possui várias imagens, a quem roga.
É engenhosa a narrativa do filme, bem criativa. Curiosamente, o personagem principal do filme é uma pessoa morte, e o filme não é em flashback. A narrativa de O Sexto Sentido é engenhosa porque sua trajetória não é linear. Descobrimos que o tempo dos acontecimentos não era esse, mas na verdade era outro.
O Sexto Sentido é um filme para os limites do ego americano, porque fala de forma diferente do que estamos acostumados a ver em Hollywood.
O FILME QUESTIONA O TEMPO E ATÉ MESMO O ESPAÇO: SE O NOSSO MUNDO É REAL OU ILUSÓRIO. Ao rever este filme pela 4a vez tive a impressão de que temos que repensar todos os nossos valores.
Pela força do tema e ambiguidade a nós mostrada deixa-nos a certeza de que em matéria de vida e de morte realmente não sabemos NADA!
FANTÁSTICO! Quanto a nota meu sexto sentido aconselha cinco estrelinhas....
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