domingo, 8 de novembro de 2009

JÁ NÃO SE FAZ AMOR COMO ANTIGAMENTE

DEDICO ESSA PÁGINA A ANSELMO DUARTE UM DOS MAIORES ATORES, DIRETORES E ROTEIRISTAS DO NOSSO SOFRIDO CINEMA BRASILEIRO.

NÃO FAREI COMENTÁRIOS SOBRE ESSE FILME...



Nome Completo: Anselmo Duarte Bento
Natural de: Salto, SP, Brasil
Nascimento: 21 de Abril de 1920
Falecimento: 07 de Novembro de 2009

Anselmo Duarte nasceu em Salto, interior paulista, onde trabalhava no Cine Pavilhão, molhando a tela na qual se projetava o filme, quando leu o anúncio de Orson Welles selecionando pessoas para participar do filme It's All True, em 1942. Foi para o Rio de Janeiro, estreando como ator de cinema. Em 1949, considerado galã, Anselmo ganhou o prêmio de Melhor Ator, por Um Pinguinho de Gente, da Revista A Cena Muda do Rio de Janeiro. A consagração no cinema foi com o filme O Pagador de Promessas, que ganhou o prêmio máximo do Festival de Cannes da França, o único Palma de Ouro do cinema Brasileiro. Em 1962, o filme também concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Na televisão, interpretou o Trindade, na novela Feijão Maravilha, em 1979.

TÍtulo Original: Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
Gênero: Comédia
Duração: 97min.
Lançamento (Brasil): 1976
Distribuição: Cinedistri
Direção: Anselmo Duarte, John Herbert, Adriano Stuart
Roteiro: Anselmo Duarte, Cassiano Gabus Mendes, Adriano Stuart
Produção: Anibal Massaini Neto e John Herbert
Co-produção: Cinedistri e John Herbert Produções Artísticas
Música: Ed Costa
Som: Geraldo José
Fotografia: Osvaldo Oliveira
Montagem: Carlos Coimbra
Edição: Roberto Leme
Títulos: Maurício Sanches

Elenco:
Anselmo Duarte
Ivete Bonfá
Bruno Barroso
Lucélia Santos
Carlos Bucka
Florisa Rossi
John Herbert
Laura Cardoso
César Roberto
Vera Gimenez
Chacrinha
Djenane Machado
Nádia Lippi
Miriam Rodrigues
Hélio Souto

Sinopse extendida

Três episódioS:

1- "Oh! dúvida cruel" Atílio, homem rico e bem relacionado, tem dificuldades em se relacionar com o filho adolescente Júnior, um rapaz de 16 anos, e fica intrigado com o modo de vida deste, não conseguindo dialogar com o mesmo. Suspeita de sua masculinidade e manda um detetive investigá-lo.

2- "O noivo" Macedo, um grande conquistador, deve casar-se num sábado, mas não consegue se lembrar quem seria a noiva. Começa a vasculhar a memória, mas não chega a conclusão alguma. Pressionado pela família, tem que ir à igreja, onde o inesperado é total.

3- "Flor de lys" Victor, paulista milionário e irremediável paquerador, descobre, ao chegar em casa mais cedo, o amante da esposa pulando a janela. Resolve ficar calado, e descobre uma marca, uma flor de lys numa das pernas do homem e começa então a envolver-se em terríveis situações para encontrar o rival, inutilmente.

Comédia em três episódios. 1- "Oh! dúvida cruel" Atílio tem dificuldades em se relacionar com o filho adolescente Júnior. Suspeita de sua masculinidade e manda um detetive investigá-lo. 2- "O noivo" Macedo, um grande conquistador, deve casar-se, mas não se lembra quem seria a noiva. Começa a vasculhar a memória, mas não chega a conclusão alguma. 3- "Flor de lys" Milionário e irremediável paquerador, descobre, ao chegar em casa mais cedo, o amante da esposa pulando a janela. Resolve ficar calado, e descobre uma marca, uma flor de lys numa das pernas do homem e começa então a envolver-se em terríveis situações para encontrar o rival.

Premiações:

- Melhor Diretor, (John Herbert), Prêmio APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte, SP, 1976.

- Melhor Fotografia (Osvaldo de Oliveira) e Montagem (Roberto Leme), Prêmio "Governador do Estado de São Paulo", SP, 1976.

Curiosidades:

- No primeiro episódios: "Oh! dúvida cruel": o elenco conta com Anselmo Duarte, Ivete Bonfá, Bruno Barroso, Lucélia Santos, Carlos Bucka, Florisa Rossi.

- No segundo episódios: "O noivo" tem argumento baseado no conto de Lygia Fagundes Telles, e no elenco John Herbert, Laura Cardoso, César Roberto, Vera Gimenez, Chacrinha, Djenane Machado, Nádia Lippi, Miriam Rodrigues.

- No terceiro episódios: "Flor de lys" tem no elenco Hélio Souto, Alcione Mazzeo, Edgard Franco, José Miziara, Matilde Mastrangi, Edson Barbosa, Célia Fróes, Xandó Batista, Ariane Arantes, John Doo, Lourdes Nascimento, Genésio Carvalho, Magrit Siebert, Ely Coimbra, Sérgio Baklanos, Donovan Felipe, Heitor Gaiotti, John Herbert, Daniel Santos.

- Locações em Guarujá, SP
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Qual a importância do roteiro cinematográfico? Como elaborar um bom roteiro? Como vender o seu roteiro? Foi para responder essas perguntas que o Rio Market 2009 convidou o roteirista Marc Norman, vencedor do Oscar de melhor roteiro original pelo filme Shakespeare Apaixonado, para ministrar um Workshop dentro da sua programação. Marc percorreu um longo caminho até chegar ao êxito e afirma: não é fácil.

Em seu livro What happen next: a history of American screenwriting (O que acontece depois: a história de um roteirista americano), Marc expõe a relação do roteirista com o público, com a crítica e principalmente com os produtores. Se o público credita aos atores o bom funcionamento da narrativa, os produtores estão sempre com o pé atrás, afinal, quanto tempo se leva para escrever um roteiro? Três anos, três meses, ou três dias? Para Marc isso não tem fórmula, não se pode nem escrever um roteiro baseado apenas na sua intuição, assim como não se escreve seguindo fórmulas pré-estabelecidas, como propostas pelo escritor Syd Feld. Um bom roteiro nasce da natureza do seu escritor, é orgânico, mas demanda também uma quantidade de técnicas narrativas e dramatúrgicas para alcançar seu lugar almejado. Afinal escrever um filme é contar uma história.

Nos Estados Unidos a indústria cinematográfica provém o sonho de vários escritores que querem fazer cinema e os estúdios e as emissoras estão sempre atrás de novos talentos para renovarem a máquina de entretenimento. Contudo, no caso brasileiro, o circuito parece sempre muito apertado. Na falta de uma mola propulsora os cursos de roteiro estão sempre lotados de estudantes, amadores e profissionais, a procura de desvendar a técnica da escrita do roteiro.

A tal técnica pode passar desde os três famigerados atos aristotélicos até a “ausência” total de roteiro, de qualquer maneira é inegável que a figura do roteirista sempre gera questionamentos, afinal ele é o primeiro a enxergar o filme antes mesmo de estar pronto. Pela sua cabeça todas as cenas são montadas e encaixadas, fazendo sentido ou não, tudo está no seu lugar. No cinema mudo e no início do cinema falado os filmes seguiam a risca a narrativa clássica até a chegada de Orson Welles e seu Cidadão Kane subvertendo a regra e impondo uma narrativa não-linear.

De lá para cá o cinema passou por vários movimentos e estéticas e muitas vezes a figura do roteirista se misturou com a própria figura do diretor. No Brasil o lema cinemanovista “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” jogou o roteiro nacional para segundo plano, uma vez que o diretor detinha todo o processo de construção da obra. Porém com a chegada do cinema comercial, em meados dos anos 90, a importância do roteiro se tornou necessária e surgiram profissionais que se ocuparam apenas dessa função do cinema. Esse processo chegou a seu ápice com a indicação do roteirista Bráulio Montovani para o Oscar de Melhor Roteiro pelo filme Cidade de Deus.
Apesar dos avanços essa área ainda encontra muitas dificuldades, uma vez que o Brasil não possui uma indústria de cinema e o mercado é dependente, em sua maioria, de incentivos públicos. Também os roteiristas ficam à disposição dos editais que só contemplam projetos já escritos, faltando recursos iniciais para a elaboração dos roteiros. Muito ainda se precisa discutir sobre esse tema, já que Tv e as novas mídias, a exemplo da internet e videogames, se configuram como novos espaços de disputa dos roteiristas. Pouco se fala sobre profissionalização, formação de novos roteiristas, salários e condições de trabalho.

As universidades também não possuem uma especialização voltada para esse mercado. Seminários e debates vem sendo realizados para melhor explicar esse processo, enquanto isso muitos jovens mantém seus roteiros engavetados, uma nova safra de histórias que aguardam sua chegada às telas.

EM BREVE ABRIREI UM BLOG FALANDO SOMENTE DE FILMES BRASILEIROS.

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